Você já se pegou criando campanha atrás de campanha na esperança de encontrar o público certo, o formato mágico, os anúncios perfeitos? É bem comum. Muitos gestores enchem a conta de anúncios com dezenas de campanhas, achando que assim terão mais controle, mais precisão, mais resultados.
Só que, no final, a única coisa que aumentam são os problemas. E o ROI? Vai ladeira abaixo.
Pare de confundir quantidade com performance.
O mito do “quanto mais, melhor”
Vamos direto ao ponto. Existe uma crença quase automática entre gestores e analistas: dividir campanhas por cada público, idade, gênero, interesse, localização etc. é sinônimo de estratégia profissional. Parece que quanto mais sofisticado fica o painel, mais eficiente é o trabalho.
Eu entendo o impulso. É quase como arrumar a casa para a visita. Muitos querem impressionar mostrando dashboards coloridos, cheios de campanhas e números. Mas, na prática, esse excesso acaba espalhando o orçamento, fragmentando os dados e confundindo até o melhor dos algoritmos.
Até a Nielsen mostrou: quase metade dos profissionais de marketing não investe corretamente nos canais certos, e uma das principais razões é justamente porque o investimento se dilui em múltiplas frentes, sem volume suficiente para gerar impacto real.
Um caso real: fintech, 23 campanhas, resultados medianos
Deixa eu contar uma história que acontece mais vezes do que você imagina. Uma fintech chegou até a Nexus Growth investindo nada menos que R$ 500 mil por mês em mídia paga.
Sabe como estava estruturada a operação? Nada menos que 23 campanhas ativas ao mesmo tempo. Cada uma segmentada para um público diferente, seja por faixa etária, seja por interesse, seja por tipo de lead. O painel era um arco-íris de métricas, gráficos e status diferentes.
O problema não estava na vontade de acertar. Estava justamente nesse excesso de zelo, achando que quanto mais separam, mais resultado aparece.

O orçamento era grande, mas o resultado... nem tanto.
Quando analisamos os dados, ficou claro: a performance era morna. O custo por lead estava alto, o volume de contas abertas patinava, a equipe se virava para acompanhar os resultados de cada segmento. O transbordo financeiro parecia um balde furado: investia-se muito, mas o lucro era insuficiente.
O ponto de virada: menos é mais
O que fizemos? Reduzimos radicalmente o número de campanhas. De 23 para apenas duas campanhas ativas.
Parece loucura, né? Na primeira reunião, foi o comentário geral. Mas o resultado apareceu tão rápido que o ceticismo logo deu lugar à surpresa:
- O custo por lead caiu 45%.
- Foram batidos recordes de contas abertas.
- Recorde de valor transacionado em um único mês.
- O maior volume de aportes mensais da história da fintech.
- O faturamento dobrou em relação ao período anterior, mesmo investindo menos em mídia paga.
Mesmo assim, a reação inicial foi desconfiada: será que ao manter só duas campanhas não perderiam controle? Não ficariam cegos sobre qual público está performando melhor?
Resultado é o que importa, não um painel bonito.
Os custos invisíveis de ter campanhas demais
Essa história se repete em incontáveis empresas acompanhadas aqui na Nexus Growth. Toda vez que vemos dezenas de campanhas, enxergamos desperdício. E não é só por questão de gestão, mas por razões técnicas. Veja só:
- Dividir campanhas significa dividir orçamento. O algoritmo de entrega das plataformas precisa de volume de dados para aprender e otimizar, “machine learning” precisa de exemplos! Sem volume, cada campanha tropeça sozinha.
- Quando o orçamento é fragmentado, os anúncios raramente saem do modo de aprendizado. Ou seja: nunca chegam ao melhor desempenho possível.
- Cada vez que se duplica campanhas ou grupos para testar algo novo, todo aquele “histórico inteligente” se perde. O aprendizado recomeça do zero, e se paga para aprender outra vez.
- Time sobrecarregado gastando energia para ajustar 20 campanhas diferentes, quando poderiam investir tempo na análise aprofundada das métricas que realmente movem ponteiros.
Aliás, a ciência do ROI publicitário mostra que gerar mais atenção do usuário é muito mais valioso do que tentar endereçar cada micro-audiência separadamente. Atenção → impacto → lucro.
O papel do algoritmo: menos dispersão, mais retorno
Desde a chegada do algoritmo Andromeda da Meta, a lógica mudou. Agora, quanto mais concentrados estão o orçamento e os dados de conversão, maior a inteligência do próprio sistema. Essa mudança foi confirmada por números do Facebook e pelas experiências práticas:
- 22% mais retorno para campanhas que concentram dados em vez de dividir.
- 15% de queda no CPA (Custo por Aquisição).
- 8% de melhora na qualidade das conversões.
O segredo aqui é entender que o algoritmo aprende por volume. Quanto mais dados entregamos numa só campanha, mais rápido e bem ele se “encaixa” no público ideal.
Fragmentou? Ele perde a referência. Gasta-se dinheiro explicando tudo de novo, do zero.

A Nexus Growth já viu verbas de milhões rendendo mais em poucas campanhas do que anteriormente pulverizadas em quinze, vinte ou trinta. O aprendizado é simples: orçamento grande diluído em muitas campanhas não cresce, só desaparece.
O algoritmo precisa de tempo e dados. Divida, e você perde ambos.
Por que gestores insistem nesse erro?
Tem duas razões principais, geralmente. A primeira é um desejo de detalhe. Dá pra entender: o marketing sempre foi sobre segmentação, sobre falar com as pessoas certas. Mas hoje, o algoritmo faz melhor com volume concentrado do que com recortes minúsculos.
A segunda razão é aparência. Muitos gestores querem impressionar cliente ou diretor. Um dashboard cheio parece trabalho duro. Só que dashboard bonito não paga conta, nem bate meta.
Por vezes, criar campanhas acima do necessário é só uma forma de mascarar a insegurança. Ou de manter o processo complexo, em vez de eficiente. O cliente, no fundo, não quer ver quinze campanhas. Ele quer ver resultado no caixa.
Dashboards podem enganar, mas o ROI fala a verdade.
Tempo e volume: aliados do ROI
Lembra do relatório do WARC? Campanhas bem estruturadas alcançam médias de retorno de até 2,5:1, e mais da metade do ROI vem do longo prazo, algo que só funciona quando o aprendizado do algoritmo não é interrompido o tempo todo com duplicações e divisões inúteis.
A Nielsen reforça ainda que, em geral, os planejamentos de mídia estão 50% subinvestidos, ou seja, não entregam o que poderiam simplesmente porque não têm músculo financeiro nem volume de dados suficiente reunidos em poucas campanhas realmente relevantes.
Em todas essas análises, uma lição se destaca: o que funciona é dar tempo e escala para poucos ativos de mídia. Assim, o sistema gera inteligência, otimiza a entrega e faz seu dinheiro trabalhar de verdade.

Faça o teste: quantas campanhas você tem mesmo?
Agora é a parte que pega: quantas campanhas você tem ativas na sua conta de anúncios hoje?
- Se for uma ou duas, ótimo, você está no caminho mais rápido para o aprendizado do algoritmo e resultados mais robustos.
- Se for entre três e cinco, observe: já pode começar a enxugar segmentos e unificar orçamentos.
- Se for mais que cinco… repense tudo. Você está, provavelmente, complicando sem necessidade e jogando verba fora.
Menos campanhas. Mais dados. Mais lucro.
Transformando o desperdício em lucro real
Na Nexus Growth, a regra é sempre transformar mídia paga de custo para lucro. Não vendemos “hacks” ou fórmulas mágicas, mas sistemas baseados em dados reais. Os resultados aparecem porque nossos processos são simples: poucas campanhas, grande orçamento, aprendizado intacto.
Aprendi, nesses anos todos, que a obsessão por microgestão só serve para dificultar. O mercado mudou. O digital virou jogo de dados, e quem aposta no volume e na concentração vence, mais cedo ou mais tarde.
Repito: o cliente quer crescimento, não um painel enfeitado.
Próximo desafio: será que todo negócio precisa de topo e meio de funil?
Fecho com uma provocação. Da próxima vez que pensar em criar campanhas para todos os estágios do funil “só porque o manual diz que sim”, pare e avalie: será que todo cliente precisa mesmo de campanhas para atrair novos públicos e de convencimento longo? Talvez… mas talvez não. Esse tema, aliás, é o próximo que pretendo aprofundar. Prepare-se para ver mais alguns mitos caírem.
Simplifique suas campanhas hoje. O lucro agradece amanhã.
Se você quer transformar seu investimento em mídia paga em lucro previsível, converse com quem faz isso todos os dias na prática. Conheça a Nexus Growth e faça seus anúncios trabalharem para o caixa, de verdade.
Perguntas Frequentes
O que é ROI em campanhas de Ads?
ROI significa Retorno Sobre Investimento. Em campanhas de Ads, o ROI mede o quanto você ganha em receita para cada real investido em publicidade paga. Ele indica se a verba de mídia retorna em vendas, leads ou resultados reais. Se o ROI é maior que 1, você está ganhando dinheiro; se for menor, há prejuízo. A avaliação do ROI deve levar em conta custos, faturamento obtido e tempo de análise, já que parte do retorno vem no longo prazo.
Como evitar erros em campanhas de anúncios?
O principal é fugir da tentação de criar várias campanhas só para segmentar públicos diferentes. Concentre orçamento, dados e aprendizagem em poucas campanhas. Acompanhe os principais indicadores (como CPA, CTR, conversão), ajuste criativos e públicos dentro das campanhas principais e dê tempo para o algoritmo aprender. Descubra gargalos rapidamente e corte o que não traz retorno. Um painel enxuto ajuda a ver o que realmente funciona e a agir com agilidade.
Vale a pena ter várias campanhas simultâneas?
Na maior parte dos casos, não. O excesso de campanhas fragmenta orçamento e impede que o algoritmo de mídia faça o aprendizado necessário para entregar resultados melhores com o tempo. Muitas campanhas deixam o orçamento pequeno em cada uma, prejudicam testes, criam confusão e dão trabalho extra ao time. Somente crie campanhas separadas quando houver diferenças claras de objetivo ou de produto, nunca apenas para parecer profissional.
Como melhorar o lucro com menos campanhas?
Unificando orçamento e dados em poucas campanhas, o algoritmo aprende de verdade e tende a trazer melhores resultados em menos tempo. Assim, o custo por lead cai, o volume de conversão aumenta e a qualidade do público recebido melhora. É mais simples testar criativos, analisar resultados, pausar o que não funciona e escalar o que dá retorno positivo. Lembre de revisar campanhas periodicamente, mas sem sair fragmentando segmentos de forma exagerada.
Quais os sinais de que minha campanha está errada?
Se você tem várias campanhas e vê custos altos, baixo volume de conversões, aprendizado demorado do algoritmo e dificuldade para analisar qual está de fato trazendo resultado, são indícios clássicos de estrutura incorreta. Também são alertas dashboards confusos, equipes gastando tempo demais em microajustes e sensação constante de que está sempre apagando incêndios em vez de escalar o que realmente importa: lucro recorrente e previsível.